Yakin' Blog


Day -1: (Mais ou Menos) Prontos para Largada

17 Jul 2015

 

 

Os últimos dias de preparação não foram diferentes dos anteriores. Com muita coisa para resolver e pouco tempo, precisamos priozar o que fazer. Essa não foi uma decisão difícil, não há nada mais importando do que o som no carro. Uma aventura sem trilha sonora não é uma aventura. Obviamente, seguindo o esprito pão-duro do rali, não nos contentamos com simplesmente passar na primeira loja e comprar algo que atendesse nossas necessidades. Gastamos metade de um dia passando por todas lojas ao redor até que alguém, cansado de barganhar, nos deu um desconto “significante” em troca de um pequeno adesivo no carro. Perfeito! Finalmente podemos escutar uma música enquanto não escutamos o carrinho de compras cair do teto do carro.

Falando em cair do teto, sentimos falta de um dos galões da gasolina (que com certeza iremos precisar). Ainda não sabemos se esquecemos ele em algum lugar enquanto estávamos tentando fazer com que todo equipamento entrasse no carro, se algém no caminho resolveu se que seria interessante nos livrar do peso extra, ou simplesmente voou do carrinho em alguma estrada remota. Provavelmente nunca iremos saber o que aconteceu, mas onde quer que esteja, fique bem galão de gasolina vermelho número 2.

O carrinho também está tendo o efeito esperado no público. Por todo lugar em que passamos, tempos pessoas parando para tirar foto, abanando, gritando e até tivemos um grupo de fãs nos seguindo até o hostel para perguntar o por quê do carrinho. Isto tudo sem pintura ou adesivo algum no carro ainda!

Outra tarefa importantíssima que tivemos que realizar foi comprar tinta para a “decoração” do carro. Não seria um carro do Mongol Rally sem isso. Devido ao nosso senso de estética apurado, optamos por tintas verde limão e amarelo, as cores do verão na Europa. Ainda não tivemos tempo para pintar, mas nada que um pequeno pit stop no caminho não resolva!

Algém nos falou que seria interessante levar um estepe na viagem. Como não entendemos muito disso, resolvemos seguir o conselho. E por que simplesmente ir à uma loja e comprar o estepe, quando podemos dar uma volta em um ferro-velho e procurar um Micra destruido e aproveitar uma roda em “perfeita” condição. Aparentemente o dono do ferro-velho não gostou muito da nossa presença e muito menos das cameras, e não liberou a filmagem. Não consigo imaginar o por quê! Depois de uma volta e uma longa discussão sobre o preço, conseguimos um estepe levemente menor do que o tamanho das nossas rodas, mas que teoricamente, repito, teoricamente, deve servir. Vamos descobrir mais adiante!

Seguindo a mesma linha de pensamento, também aproveitamos e pegamos algumas peças sobressalentes, como filtros, lâmpadas e óleo. Just in case! Alguém também comentou que alguns equipamentos de segurança eram necessários para trafegar em alguns países na Europa. Aparenteente até um bafômetro é necessário na França (isso diz muito à respeido dos Franceses). Além disto, extintores de incêndio e coletes de alta visibilidade entre outras coisas. Ainda não sei por que precisaríamos de coletes de alta visibilidade quanto possuímos um carrinho de compras soldado no teto do carro!

A nossa nova suspensão, a única alteração que resolvemos fazer no carro, chegou diretamente da Alemanha na casa do Russ e finalmente conseguimos pegar as caixas. Resolvemos trocar a suspensão original por amortecedores levemente melhores, pressurizados à gás, e molas da versão diesel do Micra. Aparentemente mais da metade dos abandonos é causado por problemas na suspensão que não puderam ser consertados. Ainda não conseguimos instalar a nova suspensão, mas deve ser trivial, não?

No lado da papelada, todos vistos finalmente chegaram! Os vistos do Uzbequistão e Tajiquistão do Igor, que precisaram ser processados com urgência, chegaram no último dia antes da partida para Goodwood. O meu visto do Iran finalmente chegou depois de um bom susto. A aplicação juntamente com o passaporte, que tinha todos meus vistos, sofreu um pequeno atraso na entrega. O correio tentou entregar o passaporte na embaixada em um Sábado. Obviamente a embaixada estava fechada. Até ai tudo bem, teoricamente deveriam tentar novamente na Segunda. Segunda, Terça, Quarta passou e nenhuma tentativa de entrega. Depois de diversas ligações e horas esperando, consegui abrir uma investigação para tentar entender o que aconteceu e enviar uma nota para o correio local. Nenhum update por dois dias mas na Sexta, tudo foi entregue (ou pelo menos foi o que o tracking informou). Se passaram duas semanas e comecei a ficar mais preocupado. O processamento deveria demorar em média uma semana. Fiquei ainda mais preocupado quando fui verificar o status da aplicação e não tinham registro do meu passaporte. Depois de tentar enviar alguns emails para embaixada sem sucesso, consegui, depois de esperar um bom tempo, falar com um atendente. Mal conseguimos nos entender, mas depois de alguns minutos de muita tensão, procurando meu passaporte que estava provavelmente espalhado pela embaixada, o atendente finalmente conseguiu encontrá-lo. Ufa! Iriam me enviar no dia seguinte! Tudo perfeito. Passaporte chegou e todos vistos intactos e corretos!

Além do Iran, o último visto que talvez fosse necessário era para o Kazaquistão. Este caso estava um pouco nebuloso por quê em 2014 o governo do Kazaquistão implementou um programa onde cidadãos de alguns países, incluíndo a Alemanha que é meu caso, não precisariam de visto. O único detalhe é que o programa seria finalizado dia 15 de Julho de 2015, pouco antes da largada. As notícias diziam que o programa foi um sucesso, aumentando o número de visitantes, e seria renovado, mas nenhuma confirmação oficial. Foi um jogo de espera. Enviar a solicitação de visto e garantir a entrada, ou esperar e ver o que aconteceria com o programa. Por pura sorte, alguns dias antes do programa expirar, o presidente do Kazaquistão anunciou que o mesmo seria renovado. Inicialmente não conseguimos confirmação oficial, mas depois de tentar algumas vezes, conseguimos falar com a embaixada e confirmar a notícia! Um visto a menos!

Ainda do lado da papelada, tentamos autenticar a carta de autorização para cruzar fronteiras com o carro que está no nome de um integrante, caso o mesmo não esteja presente. Sempre é possível que esquecer alguém, propositalmente ou não, e isto não pode nos atrasar! Depois de passar em 3 cartórios e descobrir que eles não fazem este tipo de coisa, finalmente achamos um notário publico para autenticar a carta. Queria um absurdo de 40 libras. Pensem quantas cervejas conseguimos comprar por isto. Esquecemos a carta e caso necessário, vamos ter que subornar alguém na fronteira.

Aparentemente a Carta Verde do seguro foi resolvida. Pela primeira vez no planejamento desta viagem, algo foi simples de resolver. Simplesmente ligamos para seguradora, que ficou que enviar a Carta Verde para o endereço do Russ e nos enviou um link para baixar e imprimir uma versão temporária. Só esquecemos de perguntar se precisava imprimir em papel verde! Ainda no lado das coisas que funcionaram, a carteira de motorista internacional (IDP) foi realmente simples e rápida para tirar. Um formulário simples, uma taxa básica e duas fotos, o problema estava resolvido em alguns minutos na AAA.

Depois de trafegar dias sem pagar o imposto do carro, e somente um dia para sair da Inglaterra, ainda sem saber como pagar o mesmo, decidimos esquecer esse assunto e seguir com as preparações. Acreditamos que o valor cômico do carro e uma boa dose de desculpas nos livrará de uma multa caso formos parados pela polícia.

 

Aproveitamos a ultima noite para finalmente dar uma passeada pelo centro de Londres. Rodrigo e o Matheus ainda não conheciam. O Rodrigo também saiu à procura de um drone. Passou em uma, duas, várias lojas. Olhou, namorou e acabou não comprando. Uma coisa a menos para acertar o carro em movimento! No último minuto também conseguimos acertar os adesivos para o carro! Eles ainda estão em Bracknell, umas duas horas de Londres, mas outro rallier já retirou e vai nos trazer e entregar todos em Goodwood!

Na Sexta-Feira também finalmente recebi minha carta de convite (LOI) para o Turcomenistão. Turcomenistão é um dos países mais fechados para visitantes. Para conseguir um visto de turista, é necessário um guia, que não é barato. Outra opção é um visto de trânsito, que dá a visitantes em passagem pelo país, 5 dias para cruzar o mesmo. Um pequeno detalhe, os dias devem ser exatos e somente é possível solicitar o mesmo poucos dias antes de necessitá-lo, e mesmo assim, é preciso esperar aproximadamente uma semana para obter a mesma. O Igor vai fazer isto, aplicar para a carta no consulado na Turquia, e, com um pouco de sorte, retirar a mesma no Iran, pouco antes de cruzar para o Turcomenistão. Eu tentei outra rota, um pouco mais flexível. Uma empresa na Inglaterra tem acesso “especial” ao consul em Londres e consegue uma carta de convite mais flexível, onde a mesma é valida para qualquer dia e os 5 dias começam a contar a partir da fronteira, onde o visto é emitido. Um detalhe, a aplicação para a mesma deveria ter sido feita em Abril. Com sorte, consegui enviar toda documentação necessária para Inglaterra a tempo e desde lá, estou esperando. Comecei a me preocupar algumas semanas antes da largada. Não tinha update algum e quando questionava o status, a resposta era sempre a mesma, “estamos esperando a confirmação do consulado”. Quando o pavor estava batendo o extremo, já que não tenho outra opção além disto, recebi a carta. No último minuto, na Sexta-Feira. Incialmente estava tudo Ok. Meu nome e número de passaporte estavam Ok. Perfeito! Não foi até somente algumas horas para largada que notei que a rota, incluíndo as fronteiras de entrada e saída estavam erradas! O trajeto mencionado na carta era vindo da balsa, em Turkmenbashi, e não cruzando a fronteira com o Iran. A carta é bem específica e os locais que podem ser visitados no país são controlados. Caso nos encontrem em algum lugar fora desta rota, teremos problemas sérios, aquele tipo que envolve grades. Também provavelmente não poderei nem entrar no país, já que a fronteira que é mencionada na carta é diferente da que vamos entrar. No mesmo momento tentei entrar em contato com a empresa para tentar resolver isto, mas sem sorte. Já haviam fechado. Primeira coisa à resolver na Segunda!

No final, por falta de tempo, deixamos de fazer várias coisas que haviamos planejado, como instalar um snorkel e luzes de rally no carro, bateria maior e alguns documentos que possívelmente seriam úteis. Ainda não sei se isto foi bom ou ruim. Se isto nos obrigar a abandonar, não será o ideal, mas se gerar alguma confusão e histórias para contar, será a melhor dicisão que tomamos! Com certeza existem times bem mais (e outros bem menos) preparados. Acho que temos uma chance de chegar, mas somente vamos descobrir no caminho!

Um agradecimento aos nossos novos apoiadores, Anderson Cougo, Vanessa Fernandes de Carvalho, Anelise Spier Borges e Mariane Spier Weber, que contribuiram para nossa campanha!

Não deixe de contribuir! De quebra, você ainda pode escolher recompensas super legais, como cartões postais da viagem, camisetas, álbum de fotos e ainda enviar alguns desafios para equipe!

 

Site da Campanha

 

Contribua e compartilhe! Todas contribuições serão doadas para as instituições de caridade!

 

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Day -3: Pseudo-Roof Rack Instalado

15 Jul 2015

 

Hoje foi o grande dia para encontrar em instalar um roof rack no carro. Como havia mencionado em posts anteriores, o carro é minúsculo, e como temos que levar peças sobressalentes, rodas e galões de combustível, a única saída é instalar um rack no carro e (tentar) acomodar tudo isto.

Como racks novos são caros, procuramos alguns online. Depois de gastar um bom tempo olhando algumas ofertas pela cidade e sem muita sorte na hora de encontrar algo que se adequasse às nossas necessidades, resolvemos pensar um pouco fora da caixa e seguir uma solução um pouco menos tradicional! Resolvemos soldar um carrinho de compras no teto do carro!

Visitamos algumas lojas ao redor e em pouco tempo encontramos uma loja disposta à nos doar um carrinho de compras danificado, com uma roda faltando.

Sem muita perda de tempo, arrumamos uma maneira de prender o carrinho e levá-lo novamente à casa do Papu!

Finalmente, com todas ferramentas e material necessário, começamos o trabalho. Removendo a forração interna do teto do carro. Serrando as pernas do carrinho. Furando o teto do carro para passar os parafusos em U. Soldando os suportes em L para prender o restante do carrinho.

O grande problema desta solução é a possiblidade do carrinho arrancar o telhado do carro. Espero que com os mais de 12 pontos de suporte isto não aconteça. Mas só na estrada saberamos. A vantagem é que o Micra dificilmente passa de 100 km/h!

“Precisamos medir a posição do carrinho com precisão para não afetar a aerodinâmica do carro.” — Igor

Independente de qualquer coisa, a solução é sólida e finalmente temos um roof rack instalado no carro! Hora de começar a carregar!

Ainda estamos com alguns problemas na documentação. O registro do carro (V5C) ainda não chegou e não conseguimos encomodar o DVLA o suficiente para apressarem o processo. No momento, a estimativa é dia 17, uma dia antes da saída para Goodwood. Possívelmente mais algusn dias até que o mesmo seja entregue na casa do Russ! Isto é um problema. Como vamos sair do país sem o registro do carro? O plano atual é tentar sair despercebido, sem que ninguém solicite o documento. Caso solicitem, estamos levando diversos documentos para ajudar a corroborar nossa história, como uma carta do DVLA mencionando que o documento está sendo processado, o seguro do carro, etc.

Realmente vamos depender da sorte e bom humor dos oficiais na fronteira. Teoricamente as fronteiras na Europa não são muito restritas. Devido ao Tratado de Schengen, a maioria das fronteiras são abertas, onde raramente é exigido algum documento além do passaporte, o que deve nos levar, com um pouco de sorte, até a Hungria. Com um pouco mais de sorte, até a Bulgaria. Neste ponto, o registro já deve ter sido entregue e podemos pedir para alguns dos familiares do Russ nos enviar overnight.

O problema com o registro do carro também é um problema para conseguir o ICMV. Sem o V5C, não conseguimos solicitar o ICMV, ou International Certificate for Motor Vehicles, mencionando no post anterior. Ele não é extritamente necessário, mas altamente recomendado em alguns países e pode nos economizar um bom tempo nas fronteiras. Uma idéia é criar a “nossa versão” do ICMV com algum dos templates que exitem online. Talvez funcione, talvez não, e talvez sejamos presos.

Também ainda estamos esperando a carta verde do seguro europeu. Necessário para trafegar na Europa. Basicamente uma carta padronizada da seguradora, em papel verde, informando que estamos segurados. Teoricamente todas seguradoras oferecem isto, mais ainda não recebemos o nosso.

Aproveitamos o dia e também atualizamos o site. Agora as nossas fotos também estão lá!

 

Veja as Fotos

 

Gostaria novamente de agradecer todos os nossos apoiadores que contribuiram até o momento na campanha de crowdfunding no Kickante!

  • Ingo Gaelzer
  • Lia Oliveira
  • Sabrina Lisboa Marques
  • Fernando Bloedorn

Os nomes já estão no site na sessão de supporters

Se você ainda não contribiu, dê uma olhada no site da campanha! Contribuindo você pode escolher recompensas super legais, como cartões postais da viagem, camisetas, álbum de fotos e ainda enviar alguns desafios para equipe!

 

Campanha Kickante

 

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Day -4: Protetor de Carter Instalado

14 Jul 2015

 

Hoje foi dia de finalmente instalar o protetor de carter. Ele será muito importante em alguns trechos da viagem, como a Pamir Highway e a Mongólia, que são conhecidos pelos buracos e rochas na estrada. Obviamente, protetor de carter não é algo comum na Inglaterra, muito menos em carros do tamanho do Nissan Micra. A única solução? Construir o nosso!

O primeiro passo é encontrar o metal. Depois de visitar diversos ferros-velhos sem encontrar uma chapa de metal da espessura e tamanho que precisávamos, finalmente esta manhã encontramos algo que provavelmente veio da carcaça de alguma máquina antiga, mas é perfeito!

Uma vez encontrado o material, precisamos cortar o mesmo no tamanho exato. Por pura sorte, outro time participando com o mesmo carro havia feito isto antes e possuia o molde, ou melhor, um pedaço de papelão no formato que precisamos. Ótimo, conseguimor cortar o metal no formato correto e com a ajuda do Papu, do time Ndanka Ndanka, conseguimos soldar alguns engates improvisados ao carro e prender a chapa de metal ao mesmo. No final, quase semi-original. Uma legítima customização do Mongol Rally!

Queria aproveitar para agradecer o Papu e outros ralliers que tanto nos ajudaram nesta preparação. Além de estar sempre disponível (e online em grupos de discussão), respondendo as mais diversas perguntas sobre compra e registro do carro, vistos, peças e manutenção, camping gear, e tudo mais que possam imaginar, o Papu nos ajudou muito na compra do carro. Foi ele que foi conferir as opções que tínhamos para compra do carro, fez o test drive e verificou todos possíveis problemas no carro. Ele é provavelmente o mais bem informado do grupo, tanto que chamamos ele de “human Wikipedia”. Também é um ótimo exemplo do espírido de camaradagem que existe entre as equipes do Mongol Rally. Todos querem ajudar, da maneira que for possível. Qualquer pergunta enviada ao grupo de discussão era prontamente recebida por dezenas de respostas, geralmente gerando discussões fervorosas. Tivemos membros de times e times inteiros tentando desisitir da aventura devido à imprevistos no planejamento, e a comunidade sempre moveu mundos e fundos para ajudar estes times a continuar. Com certeza um dos melhores grupos de pessoas que já conhecemos!

Felizmente nossa suspensão nova foi entregue na casa do Russ hoje! Diretamente da Alemanha e provavelmente irá nos ajudar nos trechos mais “deteriorados” da estrada. Optamos por amortecedores à gás, que devem ajudar um pouco com a trepidação e pelas molas da versão diesel do Micra, que devem ser um pouco mais altas e resistentes. E somente para garantir, se sobrar espaço no carro, vamos levar as antigas junto. Lendo os relatos de viagem das edições anteriores do rally, junto com problemas relacionados à combustível, a suspensão é a causa mais comum para abandono, e obviamente não queremos deixar Yakinator no meio do deserto!

Próximo passo agora é encontrar uma roof box para o carro. Da maneira que está, já não temos espaço para tudo dentro do carro, e ainda falta muito, incluíndo peças sobressalentes e rodas extras! Inicialmente estávamos procurando uma cesta aberta, já que a mesma torna mais fácil encaixar coisas grandes, como rodas e galões de combustível. Encontramos algumas novas, mas extremamente caras, mais caras do que o carro por sinal (bom, quase tudo é mais caro do que o carro). A segunda opção é uma caixa fechada, muito mais fácil de encontrar usada no Gumtree (Craigslist da Inglaterra). Estamos à procura e com um pouco de sorte encontramos uma amanhã. Caso contrário, já nos convenceram à soldar um carrinho de compras no teto do carro!

Também ainda estamos resolvendo alguns problemas com documentos. Além dos ultimos vistos que estão sendo processados, também estamos tentando pagar a road tax (IPVA da Inglaterra) online, mas sem muita sorte, já que os documentos finais do carro ainda não chegaram. O Micra está no nome de um membro do time, mas caso este membro tenha um problema, o rally não pode parar. Por este motivo, também estamos gerando uma carta de autorização para cruzar as fronteiras. Just in case!

E por último lançamos hoje nosso site de Crowdfunding pela Kickante! Além de ser uma experiência incrível, o grande objetivo desta aventura é angariar fundos para Cool Earth e Christina Noble Children’s Foundation! Contribuindo na campanha, você pode escolher recompensas super legais, como cartões postais da viagem, camisetas, álbum de fotos e ainda enviar alguns desafios para equipe!

Estamos aguardando quem irá nos desafiar o tomar sopa de testículos na Mongólia!

 

Campanha Kickante

 

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Day -5: Carro Revisado

13 Jul 2015

 

O final de semana foi corrido e finalmente conseguimos levar nosso belo carrinho para uma volta. Também finalmente conhecemos, pessoalmente pelo menos, o Russell. Russell é um das grandes figuras que conhecemos durante o planejamento da viagem. Ele que nos ajudou desde o começo à comprar o carro, e emprestou seu endereço para servir de armazém para nossas entregas.

Uma história engraçada. O Micra, ou Yakinator como foi temporariamente batizado, foi nossa terceira tentativa de compra de um carro na Inglaterra. Durante a primeira tentativa, encontramos um anúncio online, trocamos algumas mensagens e pedimos para o Russell encontrar o vendedor e olhar o carro, outro Nissan Micra, um pouco mais novo. Todo anúncio apontava para uma revenda, placas no carro, adesivos, oferta de seguro e registro, tudo. Russell pegou o endereço e segiu ao lugar no horário combinado com o vendedor, aproximadamente uma hora de distância. Chegando lá, nada, uma rua no meio do nada, sem revendas ou sequer casas. Russell tenta ligar para o vendedor, e o mesmo confirma o lugar e pede para esperar. No mesmo momento o Russell me liga dizendo, “algo cheira estranho, não parece algo quente”. A primeira coisa que disse foi, “corre! vão roubar teus órgãos.”. Brincadeiras à parte, isto tinha bem cara de scam. Não imaginei que isso fosse acontecer com a gente, na Inglaterra, mas o Russell estava com a grana para pagar o vendedor em mãos e podia virar um problema grande. Ele foi embora correndo e até hoje não sabemos o que realmente aconteceu.

Aproveitamos e também participamos do evento de fundraising do time do Russell, The Fastlane Loners!

Durante o final de semana também conseguimos levar o Yakinator para revisão. Felizmente, tudo perfeito. Um pequeno acerto na barra de direção, troca de fluídos e filtros. Tudo pronto para a jornada!

Ainda estamos esperando os documentos de registro do carro. O DVLA, órgão responsável pelo registro de veículos na Inglaterra, aparentemente perdeu os documentos de troca de registro e precisamos submeter os mesmos uma segunda vez. Como demora entre duas e seis semanas para o novo dono receber os documentos, estamos no limite. Ligamos algumas vezes e pelo menos já recebemos uma carta informado que os documentos estão sendo processados e ficarão prontos até o dia 17 de Julho! Limite para a largada, mas esperamos que fiquem prontos antes. Não queremos arriscar atrasar e perder a Czech Out Party!

Algumas outras coisas dependem do registro do carro, como o Carnet de Passagem, uma espécie de taxa de importação que se paga para entrar em alguns países, no nosso caso o Iran, para garantir que o carro sairá do país. É caro, 4 vezes o pagamos pelo carro para ser mais exato, mas na volta recebemos parte deste valor de volta, caso o Micra saia do Iran intacto. Como estamos dependendo do registro do carro para isto, é pouco provável que consigamos o Carnet na Inglaterra. O que fazer? Depois de alguma procura online, encontramos um “border fixer” na fronteira do Iran com a Armênia que consegue um tipo de documento similar, que teoricamente nos libera a entrada no Iran. Já fizemos contato e com sorte iremos encontrar o Mr. Hossain na fronteira.

Como esperado, descobrimos mais um documento recomendado para viagem, somente esta semana. O ICMV, ou International Certificate for Motor Vehicles. O ICMV é uma espécie de tradução dos registro do carro, equivalente à carteira de motorista internacional, mas para o carro. Não é estritamente necessária, mas recomendada. Agora não há mais tempo, então, espero que não seja um grande problema nas fronteiras.

Começando bem a viagem, Igor já se perdeu com o carro novo, em Londres, e com GPS. Colocou o post code errado no GPS e acabou indo parar no outro lado da cidade. Isso é um ótimo sinal. Provavelmente vamos parar na África ao invés da Mongólia!

Outra grande notícia é que os nossos celulares chegaram. Obrigado novamente ao nosso sponsor, Sony Mobile! Com certeza iremos aproveitar muito os Z3s para documentar a aventura!

Ainda temos muito para fazer, alguns vistos, instalar o protetor de carter, snorkel e nova suspensão, um novo som (vamos precisar de muita música para chegar na Mongólia), pintura e os diversos adesivos do carro.

 

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Day -9: Primeiro Membro do Time em Londres

09 Jul 2015

 

Ontem o primeiro membro do time chegou em Londres para finalizar os últimos preparativos da aventura. A viagem começou bem, aterrizando na terra da rainha exatamente no dia em que o metrô e Londres está em greve. Quem conhece a capital britânica, sabe que a cidade não se move sem o metro, conhecido por lá como “Tube”.

Obviamente, para quem está se preparando para o Mongol Rally, um pequeno imprevisto como este não é um problema. Sem perder muito tempo, o Igor conseguiu uma carona, saiu do aeroporto, e achou um lugar para ficar durante os dias de preparação!

Nossas camisetas também chegaram! Matheus está com elas de partida para Londres na próxima semana!

Ao mesmo tempo, dezenas de caixas começaram a ser entregues e já estão no carro. Equipamento para acampamento, peças para o carro, ferramentas, o obviamente, muita fita adesiva e WD-40, a única coisa que sabemos utilizar caso o carro tenha algum problema no caminho!

Interessante será fazer tudo entrar no pequeno Nissan Micra, juntamente com 3 pessoas, malas e equipamento de fotografia e tudo mais!

Amanhã o dia começa cedo para o Igor, levando os últimos vistos para as embaixadas e finalmente testando nosso Micra na estrada!

 

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Sony Mobile

29 Jun 2015

 

Sony

 

Time embarcando para Londres esta semana e hoje temos o orgulho de apresentar nosso mais recente patrocinador, a Sony Mobile!

A Sony Mobile, que dispensa apresentações, resolveu embarcar nessa aventura e estará com a gente, cruzando quase 20 países, de Londres à Mongólia.

Junto com o patrocínio, a Sony Mobile presenteou o time com quatro celulares Xperia Z3 Compact que estaremos utilizando durante a toda a jornada!

Além de nos manter conectados, o Z3 nos ajudará a registrar todos momentos da viagem em foto e video. A câmera é excepcional, com 20.7 megapixels, sensor mais sensível para fotos com baixa luminosidade (ISO 12800) e gravação de vídeo em 4K!

Outro aspecto importante é a resistência à água e poeira. Estaremos cruzando desertos, rios e pontos cobertos de neve, e precisamos um celular que consiga nos acompanhar, independente de clima e condições! A bateria de dois dias também ajuda muito, já que cruzaremos regiões remotas e estaremos sem acesso a eletricidade por diversos dias. Clique no link abaixo para ver mais detalhes do Sony Xperia Z3 Compact!

 

Sony Xperia Z3 Compact

 

Estaremos compartilhando todas as imagens e vídeos da aventura nas redes sociais usando a hashtag #sonyxperiabr. Acompanhe nossa jornada e não deixe de comentar!

 

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Brother & Brother

29 Jun 2015

 

Brother & Brother

 

Pouco menos de três semanas para largada oficial e a partir de hoje temos mais gente viajando com a gente!

A Brother & Brother é nosso mais novo patrocinador e já garantiu seu espaço no carro!

A Brother & Brother produz relógios irados, de alta qualidade e com estilo único, pois você personaliza o seu modelo direto no site e recebe em casa um relógio que é a sua cara, feito exatamente como você escolheu!

São mais de 400 mil possibilidades de designs e as peças/componentes tem uma tiragem limitada de até 500 unidades, dando ainda mais exclusividade ao seu relógio.

Todos os relógios são montados artesanalmente por relojoeiros altamente capacitados. Antes do envio, todos os relógios passam por uma serie de testes de qualidade como, profundidade/pressão e condensação - certificando que o relógio está dentro dos padrões Brother & Brother.

A Brother & Brother ainda criou uma ferramenta simples e divertida para customização. São só 4 passos para você criar o seu próprio modelo. Veja no vídeo abaixo como montar o seu!

 

Monte Seu Relógio

 

A Brother & Brother também foi além, pensando extensivamente no produto, em cada componente; na experiência de ter um relógio de qualidade, em seu uso diário e na relação que temos com o produto - a final, um relógio é uma joia.

Ao comprar um relógio da Brother & Brother, você estará fazendo parte de um novo mundo de relógios, relógios que são criados/customizados por você. Visite a página da Brother & Brother e monte o seu!

 

Acesse o site da Brother & Brother

 

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Fundação para Crianças Christina Noble

23 Jun 2015

 

Cool Earth

 

Além de ajudar a Cool Earth à salvar a floresta tropical na Amazônia, o Team Yakin’ Around também está apoiando a Fundação para Crianças Christina Noble (CNCF), levantando fundos para o projeto Blue Skies Ger Village.

A Fundação para Crianças Christina Noble é uma parceria internacional de pessoas dedicadas a servir as crianças que necessitam de atendimento médico emergencial e de longo prazo, reabilitação nutricional, oportunidades de educação, formação profissional e iniciação no mercado de trabalho, bem como as crianças em risco de exploração sexual e econômica.

O inverno na Mongólia é um dos mais severos no mundo, fazendo Ulaanbaatar a capital mais fria do mundo. As temperaturas permanecem regularmente em -30C por várias semanas, e atingir -40C não é considerado incomum. Como em muitos países, os mais pobres não têm condições de adequar suas casas para as condições climáticas. É comum famílias de até oito pessoas viverem sob escadas sem aquecimento nos blocos de apartamentos da cidade ou em simples cabanas de madeira e tecidos. Desde o início de suas operações na Mongólia a Fundação tem apoiado as famílias desabrigadas e aquelas em perigo de se tornar sem-teto.

A CNCF fundou o Ger Village para crianças de rua e órfãos em Ulaanbaatar. Ger é o nome dado às casas tradicionais nômades na Mongólia. O Ger Village fica na periferia de Ulaanbaatar e é fechado com uma grande ‘Hasha’ (cerca), que ajuda a criar uma atmosfera de comunidade. Os médicos da Fundação visitam o Ger Village diversas vezes por semana, e uma equipe de quatro gestores e um médico qualificado, estão à disposição para aconselhar, proteger e incentivar as crianças.

O Ger Village está totalmente equipado com chuveiros quentes, banheiros e lavanderia; cozinha/cantina; armazenamento de alimentos no subsolo; uma quadra de basquete que funciona como uma pista para patins de gelo no inverno; uma estufa e uma padaria, tornando o Ger Village autossuficiente e mais efetivo no longo prazo.

Sempre que possível, a Fundação visa reunir as crianças com suas famílias e ajudar a família a construir um futuro juntos pelo amor e apoio mútuos. No entanto, a fundação está disposta a apoiar as crianças até à sua vida adulta.

Você pode encontrar mais detalhes sobre o projeto no site da fundação.

A equipe Yakin’ Around tem orgulho de apoiar a Fundação para Crianças Christina Noble no projeto Blue Skies Ger Village.

Ajude-nos a encontrar um novo lar e apoiar as crianças de rua e órfãos de Ulaanbaatar clicando no link abaixo:

  • £1,50 compra dois exames de sangue preventivos para as crianças.
  • £5 é o quanto custa para realizar uma festa de aniversário na Blue Skies Ger Village, e encher o ambiente de sorrisos!
  • £20 por mês “adota” uma criança no Vietnã ou Mongólia, dando à ela a oportunidade de ir à escola, receber uma educação e ter um futuro.
 

Doe para Christina Noble

 

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Christina Noble Children's Foundation

22 Jun 2015

 

Cool Earth

 

Besides helping Cool Earth save the rainforest in the Western Amazon, Team Yakin’ Around partnered with the Christina Noble Children’s Foundation (CNCF) to help raise funds for the Blue Skies Ger Village project.

Christina Noble Children’s Foundation is an international partnership of people dedicated to serving children in need of emergency and long-term medical care, nutritional rehabilitation, educational opportunities, vocational training and job placement, as well as children at risk of sexual and economic exploitation.

The winter in Mongolia is one of the harshest imaginable making Ulaanbaatar the coldest capital city in the world. Temperatures regularly remain at –30C for weeks on end, and even –40C is not regarded as unusual. As in many countries, housing for the poor is an expensive part of a family’s budget, and is often inadequate for the climatic conditions. It is not unusual for families of up to eight to live under unheated stairwells in city apartment blocks, or in dilapidated wooden huts, or Gers that are long past the end of their useful life. From the start of its operations in Mongolia the Foundation has assisted homeless families and those in danger of becoming homeless, or living in barely habitable conditions, with their housing needs.

The Foundation established the Ger Village for street children and orphans in Ulaanbaatar. Ger tents are the traditional nomadic homes in Mongolia. The Ger Village is on the outskirts of Ulaanbaatar and is enclosed with a large ‘Hasha’ (fence), which helps create a community atmosphere. The Foundation’s doctors visit several times per week, and a team of four managers and one a qualified doctor, are on-hand to advise, protect and encourage the children.

Each residential ger is staffed by a Ger Mother, often a single parent and/or formerly homeless herself, who creates a loving home for the children. She will be encouraged and helped in her role and should she wish to move on after her two years with the Foundation, the foundation will provide her with a ger of her own, from the Give a Ger programme.

The village is also fully equipped with hot showers, toilets and laundry; heated garages (essential for the vehicles to work in winter); cookhouse/canteen; underground food storage; a basketball court which doubles as an ice-rink in winter; and a greenhouse and bakery also, making the Ger Village more self-sufficient and cost-effective in the long-term.

Wherever possible the Foundation seeks to reunite children with their families and assist the family to face the future together through mutual love and support. However, the foundation is prepared to support the children to adulthood and independence.

You can find more details about the project on the foundation’s website.

Team Yakin’ Around is proud to support Christina Noble Children’s Foundation on the Blue Skies Ger Village project.

Help us find a new home and support the street children and orphans of Ulaanbaatar by donating on the links below.

  • £1.50 will purchase 2 preventative blood tests for children in Mongolia.
  • £5 is all it costs to hold a birthday party at our Blue Skies Ger Village in Mongolia, big smiles all round!.
  • £20 a month to sponsor a child in Vietnam or Mongolia enabling them to go to school and receive an education.
 

Donate to Christina Noble

 

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CoolEarth

16 Jun 2015

 

Cool Earth

 

One of the few rules of the rally is that teams must raise £1000 for charity. Half o that amount should go to a charity chosen by the organization. The other half can either go to the same charity, or another organization chosen by the team. For the past few years, Cool Earth was the chosen charity for the rally organization.

Cool Earth is a charity that works alongside indigenous villages to halt rainforest destruction. Over the last 40 years, half the world’s rainforests have been destroyed. That’s why Cool Earth decided to go about things differently.

In 2008, the village of Cutivireni was offered a logging contract that would have committed them to selling off their rainforest.

Having been in the heart of Peru’s Amazon for thousands of years, the arc of deforestation had arrived on their doorstep.

With every family below the poverty line but desperate not to sell out to the loggers, the village elder, Cesar Bustamante, contacted Cool Earth.

Cutivireni turned away the loggers and formed a partnership with Cool Earth. That’s how thow Ashaninka project was born.

Since then, 14 of Cutivireni’s neighbouring villages have joined the project and not a single tree has been lost. These villages are the only ones in the valley with zero logging.

The Ashaninka project in Peru lies at ground zero for destruction on the Western Amazon. This protected forest is forming a shield for the adjacent Communal Reserve and National Park, making millions of acres of neighbouring forest inaccessible to loggers.

Supporting this project will add to the shield and help the Ashaninka villages keep their forest standing.

Team Yakin’ Around is proud to support Cool Earth on the Ashaninka project.

Help us save the rainforest and donate to Cool Earth by clicking on the link below!

 

Donate to Cool Earth

 

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Introducing the Team

13 Jun 2015

 

Finding a team mate for this adventure is no simple task. Ignoring the fact that the vast majority of the population wouldn’t even dare to leave their comfortable lives and luxurious vacations in Hawaii to be cramped in a tiny car for almost two months, camping in some family’s backyard in exchange for a football jersey and risking being kidnapped by jihadists in Afghanistan, it’s hard to get the resources to do something like this. Who these days can afford being away from everything for two full months?

Since I first decided to participate, I talked with so many friends, family (and strangers) trying to convince them this was the adventure of a lifetime. Unfortunately, the answer was always somewhere around “Why the hell would you do something like that?”. To be fair, I still think there’s something wrong with me. There’s no logical sense on doing this rally, but I can’t stop thinking about it. For me, it just doesn’t make sense going to the same beach resort, year after year, without seeing anything new.

Luckily, by random chance, I decided to mention the rally idea to Igor during his short visit to the Bay Area last year, and as you know, the rest is history. Since we haven’t really introduced ourselves properly, here are a few words from Igor.

Igor

I live in Nova Petrópolis, a small German town in south Brazil. I’m the founder of Nordweg, a brand of genuine leather backpacks. I love traveling, languages and technology.

I joined the rally because I was looking for an adventure in 2015 to run away from the always planned, secure and comfortable life. I love the unexpected and believe that those are the times that most of the unforgettable experiences and learnings in life happen. That’s when I feel the most alive, and the Mongol Rally sounds like the perfect adventure.”

And myself.

Martin

My natural habitat is behind a large computer monitor, solving the most ridiculously complex performance problems for a little company called Netflix, or building an amazing product at my new startup, HandsOn.TV. I’m the last person you would expect to see drinking yak’s milk in the Mongolian steppe, but I bloody love to travel and I’m always the first to say yes to a stupidly ridiculous adventure like this.

I currently live in the San Francisco Bay Area, my 6th city and 4th country in the past 15 years. I traveled to over 100 places in 20 different countries and still feel this is just a blip on all there is to see in this world.

I suffer from Acute Boredom Syndrome. It causes extreme boredom from staying in the same place for too long. This adventure is the perfect cure and the amount of places, cultures and people we meet on our way will change everything. And who knows, I might just move indefinitely to a Ger in Inner Mongolia after all this is done!

Don’t be shy, reach out to us at hello@yakinaround.com and let’s have a chat!

 

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Why the Mongol Rally?

04 May 2015

 

Hey, Martin here! So why the Mongol Rally? Why we decided to join this crazy adventure and risk our lives for charity?

I think it all started circa 2012, when I saw this video. Besides having a great (and catchy) tune, it encompassed everything I love about travel. Travel for me is not visiting Miami, staying at 5-star hotel, not meeting anyone or trying anything new. Travel is about new things. Meeting new people, experiencing new cultures, seeing something completely different from what you are used to, learning new tricks, and hopefully, come back a better (or at least different) person. That’s what I saw in that video. Not just any travel, an epic adventure.

After seeing it, I thought to myself, “I have to go!”. Immediately I started watching every rally documentary, planning a route (thanks Google Maps) and reaching out to every single person I thought would be interested in doing something crazy like that. It was only around late 2014, when a long time friend was visiting the Bay Area, that I managed to find a team mate!

That’s when Igor and I formed Team Yakin’ Around! To be fair, this wasn’t our first name. We signed up as “The Other Polos”, but after some intense voting, we went with “Yakin’ Around” instead. Horsin’ Around, but with Yaks :-)

I firmly believe that once you’re old, you will hardly remember everything that went well in your life, but you will definitely remember all the scary and difficult things you had to deal with. That’s what the Mongol Rally is for me. A chance to let go of your daily life, experience new things, face new challenges, help the world and change your perspective on life itself!

 

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Welcome to Turkey!

20 Nov 2014

 

 

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